Em Lost America, Troy Paiva registra fotos veículos abandonados no Velho Oeste americano, usando diferentes jogos de luzes para valorizar formas e contornos das carrocerias.
O Oeste dos Estados Unidos é um local perfeito para fãs de carros
antigos, com cemitérios de veículos abandonados e cidades fantasmas ao longo da
famosa Rota 66. E é nesse cenário repleto de raridades esquecidas e carcaças de
aviões da Segunda Guerra Mundial que o fotógrafo e designer Troy Paiva registra imagens fascinantes do
antigo american way of life.
http://lostamerica.com/
http://lostamerica.com/
Entre a fotografia de um Chrysler Imperial 1963 e a de um Cadillac Sedan deVille 1960, o fotógrafo captura cenas incríveis, sempre noturnas e com luzes coloridas para compor o clima nostálgico, em pontos remotos da Califórnia ou de estados como Nevada e Arizona. “Desde a adolescência, na década de 1970, exploro lugares abandonados, como bases militares desativadas, fábricas, hospitais e mesmo cidades desertas. Existem ferros-velhos em quase todas elas”, diz Troy.
Nas imagens, faróis voltam a emitir luzes amarelas ou esverdeadas,
enquanto a cabine dos veículos ganha uma sinistra iluminação vermelha ou
púrpura. As laterais dos carrões americanos, com marcas de ferrugem ou batidas,
recebem um contorno de cor, às vezes azulado ou branco, contrastando com o fundo
emoldurado com estrelas ou relâmpagos.
O californiano de 52 anos e descendência portuguesa começou a fotografar
em 1989. Depois de reunir milhares de imagens, criou em 1999 o projeto Lost
America, um site onde divulga as fotos captadas nos desertos americanos. Já
publicou dois livros, um e-book com técnicas de fotografia noturna e estrelou documentários sobre
ferros-velhos na Inglaterra e Cingapura.
“Meus favoritos são os grandes e cromados carros com barbatanas da década de 1950. O design era muito futurista e excitante. E eles são ainda mais evocativos como fantasmas, cobertos de poeira, esquecidos em ferros-velhos”, revela. Fotografando em um ambiente tão rico em cenários desse jeito, o grande desafio para Troy é descobrir modelos das décadas de 1920 e 1930. “Eles são muito raros e encontrá-los é sempre uma agradável surpresa”, afirma o fotógrafo, que mora em San Francisco.
“Meus favoritos são os grandes e cromados carros com barbatanas da década de 1950. O design era muito futurista e excitante. E eles são ainda mais evocativos como fantasmas, cobertos de poeira, esquecidos em ferros-velhos”, revela. Fotografando em um ambiente tão rico em cenários desse jeito, o grande desafio para Troy é descobrir modelos das décadas de 1920 e 1930. “Eles são muito raros e encontrá-los é sempre uma agradável surpresa”, afirma o fotógrafo, que mora em San Francisco.
No site Lost America é possível ver descrição dos locais, com
referências a cidades próximas ou mesmo a autorização dos donos de
ferros-velhos ou museus para fotografar. Cada carro é identificado com
fabricante, modelo e ano. Mesmo realizado o trabalho como em outros lugares,
Paiva resume bem o clima do Velho Oeste: “Vou fazer isso em qualquer lugar ou
momento. Mas eu amo o deserto americano. O grande céu e os grandes espaços
vazios são únicos”, conclui.
Thiago Ventura - Portal Uai
Publicação: 05/12/2012
www.em.com.br
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