CONSUMIDORES DE AGROTÓXICOS

Foto: AFP /ImageForum



“Quanto mais estudo sobre os agrotóxicos, mais apavorada fico”
Cíntia Melo - cintia@souecologico.com
Flávia Londres estuda o impacto do uso dos agrotóxicos no Brasil há 10 anos. Formada em engenharia agrônoma pela Universidade de São Paulo (USP), ela é consultora de projetos em agricultura alternativa da Agricultura Familiar e Agroecologia (AS-PTA), associação que trabalha na promoção do desenvolvimento rural sustentável.

No início de 2011, Flávia lançou “Agrotóxicos no Brasil – um guia para ação em defesa da vida”. O livro é um alerta para a quantidade de veneno que ronda nossas vidas desde a chamada Revolução Verde, nos anos 1960, quando o país passou a investir de forma maciça no agronegócio. E revela como o Brasil chegou ao primeiro lugar no ranking do consumo mundial (posto antes ocupado pelos Estados Unidos), com um bilhão de litros de adubos químicos aplicados em nossas lavouras.

Nesta entrevista à ECOLÓGICO, a pesquisadora explica, entre outras coisas, o perigo dos transgênicos que, diferentemente do que se prega, necessitam de muito mais agrotóxicos; as dificuldades enfrentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), inclusive dentro do próprio Ministério da Agricultura, para reavaliar o grau de toxicidade de alguns produtos que deveriam ser retirados imediatamente do mercado nacional. E ainda, como nossa legislação permite que importemos venenos já proibidos na Europa, Estados Unidos, China e África, por se revelarem altamente nocivos à saúde humana e ao meio ambiente. Confira:

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